Em homenagem às MATAS NATIVAS do BRASIL, especialmente à primaveril Semana da Árvore - 2009, segue descrição daquela que substituirá os bosques de silêncio, os exóticos EUCALIPTAIS:
SOBRASIL - Colubrina glandulosa Perkins
Sinonímia botânica: Zizyphus rufus Mart., Colubrina rufa Reissek
Família: RHAMNACEAE
Outros nomes comuns: sobrasil, caçoca, jurucuju, falso-pau-brasil.
CARACTERÍSTICAS E USOS DA MADEIRA
Superfície uniforme, lustrosa e lisa, pesada, dura, bastante resistente à deterioração. Muito usada em construção civil, obras hidráulicas e em obras externas como mourões, postes, dormentes e estacas.
OBSERVAÇÕES ECOLÓGICAS E OCORRÊNCIA
Planta secundária tardia, decídua. Desde Minas Gerais, Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul.
Ocorre ainda, no sul do Mato Grosso e Goiás, nas matas de planalto, preferencialmente em solos de maior fertilidade e também, nas serras cearenses.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
10 a 20 m de altura. Casca parda, fina, com leves sulcos longitudinais, ramos ferrugíneos-pilosos e depois glabros. Folhas simples, oblongas, acuminadas, com esparsos pêlos finos e curtos, ferrugíneos, glândulas verde-escuras na margem, visíveis na face inferior. Flores pequenas e esverdeadas. Fruto cápsula, pequeno, trilocular.
Apícola: as flores do sobrasil são melíferas, com produção de pólen (Reis et al., 1992).
Paisagístico: árvore recomendada para paisagismo e arborização de praças públicas (Toledo Filho & Parente, 1988).
Reflorestamento para recuperação ambiental: espécie importante para recuperação de ecossistemas degradados, não podendo faltar na composição de florestas heterogêneas de preservação permanente (Garrido, 1981).
Folhas, brotos, flores e frutos desta espécie fazem parte da dieta alimentar de Alouatta fusca (Primata, Cebidae) (Hoeltgebaum et al., 1999).
Floração: setembro a dezembro.
Frutificação: dezembro a fevereiro.
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