TERRAS INDÍGENAS


FUNAI demarca Terra Indígena em Ivaté


http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/questoes-indigenas/141918-provocacao-funai-demarca-terra-indigena-no-reduto-eleitoral-do-relator-da-pec215.html#.VlxVBfmrTIU
A presidenta da Funai, Guta Assirati, aprovou a demarcação da Terra Indígena Herarekã Xetá, com quase 3 mi hectares no município de Ivaté, no Paraná, reduto eleitoral do Deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator do projeto de Emenda Constitucional nº 215 que altera o processo de demarcação de Terra Indígenas. A aprovação do relatório circunstanciado foi publicada no Diário Oficial do União da última segunda feira, 30 de junho.
A demarcação cria uma dificuldade eleitoral para a candidata do PT ao governo do Paraná, Gleisi Hoffmann. Quando Ministra da Casa Civil, Gleisi prometeu aos produtores rurais do Paraná, que o governo não demarcaria novas áreas até que fosse aprovada uma nova legislação sobre o assunto.
Veja o perímetro aproximado da Nova Terra Indígena criada pela Funai no Paraná, terra da ex ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffaman e reduto eleitoral do deputado Osmar Serraglio, relator da #PEC215: 
Fonte: Blog Questão Indígena


XETÁ
Desde o final do século XIX, já existiam relatos sobre a presença de índios no centro sul do Paraná, denominados Xetá. Este grupo indígena pertencente ao tronco linguístico Tupi-Guarani, foi oficialmente contatado na década de 1950, pelo Serviço de Proteção aos Índios, atual FUNAI, na região da serra dos Dourados no noroeste do Paraná.
Diversas expedições organizadas pela Universidade do Paraná e pelo SPI, chefiadas pelo antropólogo José Loureiro Fernandes entraram em contato com 60 indivíduos de um grupo maior de 200 pessoas, quando foram realizados estudos linguísticos e da cultura material Xetá. O cineasta tcheco Vladimir Kozák efetuou registros destes índios através de filmes, fotografias e desenhos, os quais constituem acervo do Museu Paranaense. 
Considerado à época do contato como um povo que vivia somente da caça e coleta, estudos mais recentes constataram que a situação dos Xetá naquele momento, justificava-se pelos constantes deslocamentos do grupo provocados pela expansão cafeeira. Da mesma forma, na mitologia Xetá aparecem indícios de que no passado estes índios conheciam o milho e a agricultura. 
Vítimas do extermínio gerado pela expansão cafeeira, os  remanescentes Xetá e seus descendentes anseiam por reunirem-se novamente em uma terra só deles. De acordo com a Fundação Nacional do Índio, a Terra Indígena Xetá encontra-se atualmente em processo de demarcação pelo governo federal. 

Msc. Fernanda Maranhão
Setor de Antropologia
mariafernanda@seec.pr.gov.br
http://www.museuparanaense.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=68


POVOS ISOLADOS DA FLORESTA AMAZÔNICA


Filmagem aérea de tribo isolada da Amazônia, divisa com Peru
Fonte vídeo/fotos: http://www.uncontactedtribes.org/brazilphotos

Filmagem extraordinária narrado pelo filme de Gillian Anderson que lançou nova campanha na SURVIVAL International para proteger alguns das últimas tribos isoladas do mundo.

Filmagem divulga hoje os índios isolados na fronteira Brasil-Peru, povos estes  nunca-antes-vistos. É a primeira vez que imagens desta comunidade isolada, são mostradas.

Ms Anderson disse hoje, 'O que vem através de muita força do filme e que o que é surpreendente é o quão saudável e confiante essas pessoas aparecem. Espero que eles possam ser deixados sozinhos - mas isso só acontecerá se os madeireiros forem parados ".

O filme foi filmado pela BBC, em colaboração com o governo brasileiro, para a série "Planeta Humano" ...O governo brasileiro autorizou SURVIVAL para usar o filme como parte de sua campanha. Fotos da tribo pela sua sobrevivência foram publicados em todo o mundo no início desta semana.

Cobertura global da história já levou as autoridades peruanas em ação - eles anunciaram que vão trabalhar com a FUNAI do Brasil para proteger a área de forma mais eficaz.

Os índios sobreviventes  estão em perigo pelo fluxo de madeireiros ilegais que invade o lado Peru da fronteira. As autoridades brasileiras acreditam que os madeireiros estão empurrando os índios do Peru para o Brasil, e os dois grupos tendem a entrar em conflito.

Sobrevivência Diretor Stephen Corry, disse hoje, 'O futuro muito perigoso para os povos indígenas isolados devem ser motivo de preocupação em todo o mundo. A filmagem de Gillian Anderson, possibilita que dêm mais atenção aos índios, atitude vital para que o mundo possa finalmente pôr fim nos séculos de destruição dos povos da floresta".







A ainda a partir do novo filme de uma tribo amazônica isolados no Brasil.  
 RIO XINGÚ - Vivo para sempre!


Defendendo os Rios da Amazônia - RIO XINGÚ-Parte I

Defendendo os Rios da Amazônia - RIO XINGÚ-Parte II


GOTA D'ÁGUA
  GOTA D'ÁGUA
é a questão da petição contra a construção da polêmica usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e a luta pela proteção dos rios mobilizou artistas e, hoje, foi lançado o vídeo “Gota d’Água+10”.
Conclusão: entrou para o Treding Topics do Twitter.
A direção ficou a cargo de Marcos Prado (diretor de “Ônibus 174” e produtor de “Tropa de Elite”) e é apresentado por Ary Fontoura, Bruno Mazzeo, Carol Castro, Ingrid Guimarães, Isis Valverde, Juliana Paes, Cissa Guimarães, Claudia Ohana, Dira Paes, Letícia Sabatella, Maitê Proença, Elisangela Vergueiro, Eriberto leão, Guilhermina Guinle, Marcos Palmeira, Murilo Benício e Nathalia Dill, além de Sergio Marone, que está à frente do projeto.










Terras Indígenas
BRASIL - RESUMO DAS TERRAS INDÍGENAS



Povo da etnia Xetá: lutando para não desaparecer
Clique no mapa para a ficha completa do conflito 

 (Atualizado em 09/02/2011) 
Situação Geral das Terras Indígenas
Quantidade
Registradas
359
Homologadas
40
Declaradas
61
Identificadas
28
A identificar
159
Sem providência
323
Reservadas/Dominiais
35
Com Restrição
04
GT constituído no MS como Terra Indígena
06 (**)
Excluída
09 ( - )
Total
1024
http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=paginas&conteudo_id=5719&action=read

 

PARANÁ 

- RESUMO DAS TERRAS INDÍGENAS


Existem no Estado aproximadamente 9015 Indígenas,
habitando 85.264,30 hectares de terra.  


Esta área está distribuída em 17 terras abrigando as etnias Kaingang, 
Guarani e 6 remanescentes do povo Xetá.

















Terras Indígenas

Aldeias

Tribo
População

Municípios

Área
(Ha)

Palmas

Sede, Vila Alegre

Kaingang
650

Palmas-PR e
Abelardo Luz-SC



2.944,00

Mangueirinha

Sede, Paiol Queimado, Fazenda,
Palmeirinha, Água Santa e Mato Branco

Kaingang
Guarani

1.617

Chopinzinho, Mangueirinha e Coronel Vivida

17.308,07

Rio das Cobras

Sede, Campo do Dia, Taquara, Pinhal, Lebre, Trevo, Papagaio e Vila Nova

Kaingang
Guarani
Xetá

2.263




Nova Laranjeiras e Espigão Alto do Iguaçu

18.681,98

Ocoy

Sede

Guarani

172

São Miguel do Iguaçu

231,88

Marrecas

Sede e Campina

Kaingang
Xetá

385

Turvo e Guarapuava

16.538,58

Ivaí

Sede, Laranjal e Bela Vista

Kaingang

877

Manoel Ribas e Pitanga

7.306,34

Rio D’Areia

Sede

Guarani

51

Inácio Martins

1280,56

Faxinal

Sede e Casulo

Kaingang

450

Cândido de Abreu

2.043,89

Queimadas

Sede, Aldeia do Campo

Kaingang

355

Ortigueira

3.081,00

Mococa

Sede e Gamelão

Kaingang

79

Ortigueira

848,00

Apucaraninha

Sede, Toldo, Vila Nova e Barreiro

Kaingang

662

Londrina

5.574,00

Barão de Antonina

Sede, Cedro e Pedrinha

Kaingang

395

São Jerônimo da Serra

3.751,00

São Jerônimo da Serra

Sede e Guarani

Kaingang
Guarani
Xetá

375

São Jerônimo da Serra




1.339,00

Laranjinha

Sede

Guarani

303

Santa Amélia

284,00

Pinhalzinho

Sede

Guarani

88

Tomazina

593,00

Ilha da Cotinga

Sede

Guarani

68

Paranaguá

824,00

*Guaraqueçaba

Sede

Guarani

62

Guaraqueçaba

861,00

Tekoha - Añetetê

Sede

Guarani

163

Diamante do Oeste
 e Ramilândia

1.744,70
TOTAL9.015
85.235,030
*Área não RegularizadaFonte: FUNAI - 1995













1Reserva indígena Ocoí
2
Reserva indígena Rio das Cobras
3
Reserva indígena Mangueirinha
4
Reserva indígena Palmas
5
Reserva indígena Marrecas
6
Reserva indígena Ivaí
7
Reserva indígena Faxinal
8
Reserva indígena Rio D'Areia
9
Reserva indígena Queimadas
Reserva indígena Apucaraninha
Reserva indígena Barão de Antonina
Reserva indígena São Jerônimo da Serra
Reserva indígena Laranjinha
Reserva indígena Pinhalzinho
Reserva indígena Ilha da Cotinga
Reserva indígena Mococa
Reserva indígena Tekoha-Añetetê

OBS.: Existem grupos dispersos em locais não demarcados


Seed reúne Xetá para Oficina de

Produção de Material Pedagógico

16/4/2010 16:20:00


O Departamento da Diversidade, por meio da Coordenação da Educação Escolar Indígena, realizou entre os
 dias 14 e 16 de abril a primeira etapa da Oficina de Produção de Material Xetá. 





O evento aconteceu em São Jerônimo da Serra e reuniu representantes Xetá da região e de Curitiba.


Durante dois dias, líderes do Povo Xetá, membros da Seed/DEDI, do Núcleo Regional de Educação de
Cornélio Procópio, do Museu Paranaense, Universidade Estadual de Maringá, Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional e docentes da Universidade de Brasília, reuniram-se com o objetivo de
elaborar a produção de material na língua Xetá, propiciando e elaborando estratégias de revitalização
da língua, resgatando a cultura e o universo cosmológico Xetá.

“Muitos deles foram massacrados por colonizadores, alguns destes, vivos ainda hoje, são fazendeiros
na região. Sabe-se que eram entregues aos indígenas produtos locais com roupas contagiadas com varíola
 e outras doenças para que fossem exterminados e assim ocupar a terra deles”, contou a coordenadora da
Educação Escolar Indígena do Paraná, Cristina Cremoneze.

No Paraná, os descendentes dos Xetás vivem nas comunidades indígenas Guarani e Kaingang de Cambuí,
São Jerônimo da Serra, Palmital do Meio, Marrecas e Chopinzinho. 


O maior desafio dos Xetás é recuperar a língua, já que segundo relatos há apenas dois falantes Xetás vivos,
uma mulher e um homem, sendo que a mulher não ouve muito bem e o homem tem dificuldades de fala.


Cristina informou que o objetivo do encontro foi reunir o povo Xetá para que eles expusessem suas semelhanças,
traços culturais e históricos e sociolingüísticos. Ela esclarece que embora haja somente seis pessoas vivas que
são filhos de pai e mãe Xetás, a Secretaria tem recebido e ouvido seus descendentes uma vez que trabalha além
do caráter biológico, com traços culturais e históricos, já que é a própria comunidade que identifica quem é Xetá.

São Jerônimo da Serra é a aldeia com maior número de famílias Xetá no Brasil. No Paraná, além de São Jerônimo
da Serra e Curitiba, há Xetá em Guarapuava e Umuarama. Os estados de Santa Catarina e São Paulo também
possuem famílias Xetá. 

Atualmente, os Xetá somam aproximadamente 300 pessoas.

“O reencontro da sociedade paranaense e, fundamentalmente, do Governo do Paraná com os descendentes Xetá,
representa o reconhecimento de uma dívida histórica com esse povo. Queremos produzir materiais pedagógicos
para que todas as nossas escolas públicas conheçam essa história, a partir das vozes deste povo”, disse o chefe
do Departamento da Diversidade, Wagner Roberto do Amaral.


Histórico 



Os Xetá pertencem ao tronco lingüístico Tupi-Guarani. 



Habitavam tradicionalmente o noroeste paranaense, às margens do rio Ivaí,
região conhecida como Serra de Dourados. Notícias da existência de 
grupos indígenas sem contato na região da Serra de Dourados, 
entre o final dos anos de 1940 e no início de 1950, o que levou
 a uma série de investigações para manter contatos com os 
grupos que habitavam a região.




Nessas investidas, foram encontrados vestígios 
materiais que confirmavam a presença indígena e, em 1952, 
foi capturado um menino indígena. Em 1956, a Universidade do Paraná,
 hoje UFPR, formou uma equipe de pesquisa etnográfica. 

O reconhecimento da presença Xetá não impediu que o governo do 
estado desenvolvesse sua política de colonização, atingindo diretamente 
o território e a população Xetá. A história do grupo foi, então, marcada 
por doenças, chacinas, envenenamentos, roubos de crianças, estupros,
 fugas, desocupação e desmatamento de seus territórios.  

Os Xetá que sobreviveram foram transferidos e vivem até o momento 
como inquilinos em áreas Kaingang e Guarani nos estados do Paraná, 
Santa Catarina e São Paulo. Para este ano estão previstas mais 
três etapas dessa Oficina de Produção de materiais de apoio pedagógicos, 
que serão realizadas nos meses de maio, junho e julho.




Ministério Público Federal ajuíza ação para garantir 
direitos dos indígenas
15/12/2011
Umuarama Ilustrado

Umuarama – A Procuradoria da República em Umuarama (MPF) ajuizou ontem ACP 
(Ação Civil Pública) na Justiça Federal de Guaíra, contra a União, FUNAI, 
Estado do Paraná, Municípios de Guaíra e Terra Roxa, COPEL e SANEPAR. 


O MPF (Ministério Público Federal) solicitou liminarmente que os demandados 
cumpram as normas constitucionais e infraconstitucionais, prestando adequadamente 
aos indígenas das aldeias Tekoha Nhemboete, de Terra Roxa, Tekoha Y Hovy, 
Tekoha Jevy e Tekoha Carumbey, de Guaíra, os serviços de educação, saúde, 
saneamento básico, fornecimento de energia elétrica e iluminação pública, 
registro civil e indígena, fornecimento de alimentação e infraestrutura básica.
A ação civil pública tem como base os procedimentos administrativos 

números 1.25.009.000100/2010-10, 1.25.009.001056/2010-57, 
1.25.009.000382/2009-11 e 1.25.009.000090/2010-12, todos instaurados 
com a finalidade de apurar e fiscalizar a assistência prestada aos índios localizados 
na região dos municípios de Guaíra e Terra Roxa. Durante as investigações do MPF,
 verificou-se que os demandados não cumpriam as normas constitucionais e 
legais acerca do fornecimento mínimo de serviços públicos aos indígenas.

A inicial da ACP fundamenta-se na Constituição Federal, que no capítulo destinado 

aos índios, artigos 231 e 232, reconhece sua organização social, seus costumes, 
línguas e tradições. Os artigos 5° e 6° asseguram o direito à educação, 
à saúde, à alimentação, à moradia e à assistência as desamparados. Outrossim, 
tem assento infraconstitucional na lei 8.080/90, que obriga a realização de ações 
e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações indígenas. 
Ainda, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, número 9.394/96, é expressa 
ao determinar, no artigo 78, a necessidade de desenvolvimento de programas 
específicos de educação aos indígenas. Ao final, a lei 10.172/01 traz capítulo 
específico sobre o tema da educação indígena, estabelecendo que os sistemas 
de ensino estaduais assumam posição central na execução da tarefa, sob orientação
 dos órgãos da União, sem prejuízo da ação dos municípios, que poderão atuar 
no campo da educação indígena, em regime de colaboração com os Estados.

Conforme diz o procurador da República em Umuarama, Robson Martins, autor da ação, 

“é impressionante notar como o próprio Estado, seja federal, estadual ou municipal, 
criador de leis, não as cumpre adequadamente, deixando os indígenas à margem da 
sociedade, propiciando, inclusive, que alguns indígenas desta região de fronteira, 
pela miséria total em que vivem, com poucas perspectivas de evolução, possam 
ser iniciados na prática de crimes ou mesmo prostituição infantil, já que são 
muito mais vulneráveis. Portanto, prossegue o procurador, tal ação tenta resgatar 
um mínimo de dignidade para aqueles que, antes mesmo do que nós, habitavam e 
cultivavam o Brasil”.





Jogos dos povos indígenas





Arco e flecha é uma modalidade dos jogos dos povos indígenas


Sempre que pensamos em um tipo de competição desportiva, pensamos 
em Copa do Mundo,  Jogos Olímpicos e até em algum que o nosso país 
participa muito pouco, como as Olimpíadas  de Inverno. 


Porém, nunca imaginamos os Jogos dos Povos Indígenas.

Organizado pelo Comitê Intertribal Indígena, com apoio do 
Ministério dos Esportes, os Jogos dos Povos Indígenas têm o seguinte mote: 
“O importante não é competir, e sim, celebrar”. 


A proposta é recente, já que a primeira edição dos jogos ocorreu em 1996, 
e tem como objetivo a integração das diferentes tribos, assim como o resgate 
e a celebração dessas culturas tradicionais. 


A edição dos Jogos de 2003, por exemplo, teve a participação 
de sessenta etnias,  dentre elas os Kaiowá, Guarani, Bororo, Pataxó e 
Yanomami. A última edição ocorreu  em 2009 e foi a décima vez em que 
o torneio foi realizado. A periodicidade dos Jogos  é anual, com exceção 
do intervalo ocorrido em 1997, 1998, 2006 e 2008 quando não houve edições.

É interessante notar que as sedes dos Jogos são sempre em locais 
afastados das grandes  cidades, contrariando a lógica dos torneios desportivos,
 mas extremamente coerente com  a proposta indígena: em 1996 foi em Goiânia (GO); 
em 1999 em Guaía (PR);  em 2000 em Marabá (PA); em 2001 no Pantanal (MS); 
em 2002 em Marapanim (PA);  em 2003 em Palmas (TO); em 2004 em Porto Seguro (BA); 
em 2005 em Fortaleza (CE);  em 2007 em Olinda (PE); em 2009 em Paragominas (PA).

As modalidades disputadas variam um pouco entre os torneios, 
mas basicamente são as que seguem:

Arco e Flecha: Arma muito utilizada para caça, rituais e para a guerra. 


Na maioria das tribos o arco é feito de caule de Palmeira (tucum), 
mas existem algumas exceções: 
podem ser usados o aratazeiro, o pau-ferro, o ipê-amarelo e a aruerinha. 
O tamanho do arco varia  de acordo com o uso que se fará do arco e 
com o costume da tribo. 


A flecha é feita de bambu,  com variações nas pontas. 
Na primeira edição dos jogos, a organização  forneceu o equipamento
 para todos os participantes, fato que impediu bons rendimentos nessa prova. 
Porém, nas outras edições dos Jogos, permitiu-se que os 
índios utilizassem o seu próprio equipamento.

Cada delegação pode inscrever dois participantes diferentes, 
cada um com direito a três tiros.
 O alvo se localiza a uma distância de 30 metros e é marcado pelo 
desenho de um peixe;

Cabo de Guerra: É disputada em equipe, cujo objetivo é o de medir 
a força física dos participantes. 
Vencer o cabo de guerra significa ter os índios mais bem preparados 
para o confronto físico, e por isso é uma das provas mais esperadas dos Jogos. 
Cada tribo pode inscrever duas equipes (uma masculina 
e uma feminina), com dez participantes cada uma;

Canoagem: A canoa é o meio de transporte mais tradicionalmente utilizado 
pelas tribos indígenas, porém o tipo de canoa e o material utilizado para sua 
fabricação é bastante variável. Por isso,  foi escolhida a canoa fabricada pelos 
Rikbatsa (navegável por todas as tribos), como o modelo oficial 
da disputa. Cada delegação deve enviar dois atletas;

Corrida com Tora: As toras, feitas de buriti, e com massa em torno 
de 100 Kg, devem ser carregadas  pela equipe ao percorrerem uma distância 
pré-determinada. Para a competição, cada equipe deve inscrever  dez participantes;

Xikunahity: Esse esporte também é conhecido como futebol de cabeça. 
Em lugar do chute,  a bola é empurrada com a cabeça dos participantes. 
O jogo é disputado por equipes de dez atletas  em um campo de dimensões 
próximas ao do futebol.

Outras competições mais próximas de nosso conhecimento também
são disputadas nos Jogos  dos Povos Indígenas, como o atletismo 
(100 metros rasos) e o futebol.

Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/educacaofisica/jogos-dos-povos-indigenas.htm
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP



JOGOS  DE POVOS INDÍGENAS NO BRASIL  -  PIBMIRIM

PROJETO BIRA

PROJETO AMAZÔNIA