BLOCO AGROPECUÁRIO DA ALEP - PLANO ESTADUAL DE CULTIVO FLORESTAL.
Deputados do Noreste do Paraná defendem o plantio de
Eucalipto e Pinus, proposto pelo Bloco Agropecuário para todo Paraná e o
Noroeste em especial, para abastecer a indústria madeireira, como se
isso fosse a salvação das florestas nativas!!!
O que ocorre é que os ruralistas não plantam nas terras da cultura do feijão, café, e outras que são nobres, substituindo as margens de APP, miscigenano os corredores ecológicos das florestas nativas com essas invasoras que são!
O Bloco Parlamentar Agropecuário da Assembleia Legislativa
do Paraná (Alep), liderado pelo deputado Claudio Palozi (PSC), recebeu
na manhã desta terça-feira (5), durante a audiência pública “Políticas
Públicas – Cultivos Florestais”, realizada no Plenarinho da Alep, um
documento com as principais diretrizes para a elaboração de um Plano
Estadual de Conservação e Cultivo Florestal.
O texto foi elaborado por
uma comissão especial composta por 43 especialistas de instituições como
Sanepar, UFPR, UTFPR, IFPR, Embrapa, Itaipu Binacional, Emater, Serviço
Florestal Brasileiro, BRDE, Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior, entre outros órgãos envolvidos com o segmento.[GRIFO - só chapa branca!!! Cadê as entidades do sociedade civil????]
“Este
relatório é fundamental para o futuro do setor no nosso estado, pois
hoje existem muitos produtores com dúvidas em relação ao mercado, às
variedades de espécies que podem ser cultivadas e técnicas de
reflorestamento. Com a formulação do plano estadual para o segmento, o
Paraná poderá direcionar, a médio e a longo prazos, investimentos,
empreendimentos, políticas de geração de emprego e renda, que vão
auxiliar no desenvolvimento econômico, social e ambiental do nosso
estado”, explicou Palozi.
Fonte: Boletim - ALEP - Plano Estadual de Conservação e Cultivo
Florestal - Entrevistas.
O presidente da Assembleia Legislativa,
deputado Ademar Traiano (PSDB), que fez a abertura da audiência pública,
afirmou que o relatório entregue ao Bloco Parlamentar demonstra que a
Assembleia está em consonância com os órgãos do setor público e da
sociedade organizada. “As nossas comissões permanentes e blocos
parlamentares têm atuado permanentemente, trazendo para a Casa temas
relevantes para o nosso estado em todas as áreas. Além disso, nossas
comissões e blocos também têm trazido para a Assembleia lideranças
importantes de todos os segmentos, mostrando que os nossos parlamentares
estão em constante diálogo com a sociedade”, ressaltou.
Ampliação – De
acordo com o documento, o Plano Estadual de Conservação e Cultivo
Florestal terá como premissa básica o atingimento, no período de 50 anos
(três ciclos florestais), a ampliação da base florestal estadual para
dois milhões de hectares, garantindo-se, a médio prazo (20 anos), o
suprimento da demanda existente por produtos de origem florestal, mesmo
com a taxa de crescimento anual média do setor na ordem de 7,74%, e com
qualidade superior à média do mercado brasileiro.
Outro ponto de
destaque no Plano é a geração de mais de 1,6 milhão de novos postos de
trabalho, a um custo médio de R$ 2.536,22 por emprego gerado,
contribuindo consideravelmente para o incremento do PEA (População
Economicamente Ativa) no estado. O relatório também considera os
aspectos ambientais proporcionados pela atividade, com baixos índices de
utilização de agroquímicos e POUCO IMPACTO AO MEIO AMBIENTE. [Grifo - Será mesmo???]
“Neste
modelo, colocando a atividade florestal madeireira a serviço do
desenvolvimento rural e também urbano, os ganhos na equidade de divisão
de renda, elevadas taxas de retorno econômico e sustentabilidade da
produção, são garantidos e necessários”, destacou o coordenador estadual
de produção florestal do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e
Extensão Rural – Emater, Amauri Ferreira Pinto, que apresentou o
relatório em nome da Comissão Especial.
Condições – Para
o diretor-presidente do Instituto de Florestas do Paraná, Benno
Henrique Weigert Doetzer, o Estado precisa dar condições para que projetos
relacionados ao cultivo florestal e à indústria da madeira sejam
executados no Paraná. “É preciso encontrar alternativas para que o Plano
Estadual de Conservação e Cultivo Florestal seja viável a longo prazo.
Ele precisa ser muito bem planejado, porque não se tem uma floresta de
um dia para outro. São de 15 a 20 anos de planejamento para colher os
resultados”, ressaltou.
O diretor-executivo da Associação
Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), Carlos Mendes, afirmou
que o Plano Estadual de Conservação e Cultivo Florestal será importante
para definir os rumos do setor no estado do Paraná. “Temos áreas que
precisam ser mais desenvolvidas dentro do segmento de cultivo de
florestas, COMO A REGIÃO NOROESTE, POR EXEMPLO. Por isso que precisamos
de políticas públicas que levem infraestrutura para a indústria se
instalar nesses lugares, que têm potencial de crescimento”, concluiu.
Fonte: http://www.alep.pr.gov.br/sala_de_imprensa/noticias/bloco-agropecuario-recebe-relatorio-com-diretrizes-sobre-o-plano-estadual-de-cultivo-florestal
PLANO DE ARBORIZAÇÃO
A ADEMA está responsável pela prestação de serviços de elaboração do Plano de Arborização que trará propostas para as Diretrizes de Planejamento para a Implantação e Manejo da Arborização da cidade de Umuarama.
Conforme contrato de dispensa de licitação nº 248/2012, seguindo as propostas que serão aprovadas, o Município poderá implementar uma série de ações voltadas para a arborização urbana com posterior criação e aprovação de Lei Municipal.
Conforme contrato de dispensa de licitação nº 248/2012, seguindo as propostas que serão aprovadas, o Município poderá implementar uma série de ações voltadas para a arborização urbana com posterior criação e aprovação de Lei Municipal.
Umuarama é um Município onde no verão atinge altas temperaturas, como em Fevereiro/2013 onde chegou a máximas de 50º, atingindo o micro clima urbano e havendo a necessidade de melhoria do conforto ambiental para a cidade.
A arborização é um elemento importante e Umuarama, conforme informações da Secretaria de Meio Ambiente de Umuarama, é o segundo município do Paraná com mais sombra por habitante, ficando atrás apenas de Curitiba, a qual informa que para assegurar este posto e dar maior qualidade de vida à população, a Prefeitura está trabalhando para a agilização da elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana.
A compreensão do ambiente natural e clima são fundamentais para os projetos físico das cidades, pois está diretamente ligado aos usos do solo. A intervenção do homem no meio ambiente seja com o desmatamento ou pela impermeabilização do solo através da pavimentação de grandes áreas, tem resultado alterações profundas nas características regionais, levando a degradação ambiental.
Com o trabalho apresentado pela Associação de Defesa ao Meio Ambiente de Umuarama (Adema) e a contribuição do conhecimento especializado do Prof. D.r Alexander Fabbri Hulsmeyer, da UNIPAR, foi de extrema relevância, pois ele já havia inciado este mesmo Plano em 2008 e que agora, pela contratação com a ADEMA sofreu novas intervenções e atualizações de dados. Este Plano trará um diagnóstico real sobre a vegetação arbórea urbana do Município, apresentando a arborização existente, espécies arbóreas, lacunas e outras informações.
O plano piloto na área central da cidade recebeu um levantamento executado pelos alunos da Unipar, que receberam uma bolsa para o trabalho como estagiários, onde cada uma das árvores existentes foram lançadas em um programa de geo-referenciamento utilizando um software livre.
Será sugerido ao Município, a implantação desse mesmo programa que é de uso gratuito ou outro que se faça necessário e específico para as frequentes intervenções ou informações das árvores, o qual ampliará a extensão do projeto piloto, para as demais áreas do Município.
Está havendo uma necessidade urgente de ser legalizadas as providências a serem tomadas, devido aos inúmeros cortes de árvores solicitados pela população , para orientar os mais de 200 pedidos de cortes de árvores por ano, informa o Prof. Alex, detalhando alguns dados pesquisados junto ao Município.
Quanto à diversidade de contribuições que emanam da presença da flora em áreas urbanizadas, pode-se citar: redução dos danos causados pelas águas de chuvas torrenciais e economia de energia 3 a 4 árvores no entorno de uma edificação podem reduzir os custos com refrigeração do ar por volta de 30 a 50% (ACT, 2006); redução da poluição atmosférica, proteção das encostas, ação sobre os microclimas urbanos, atuação como barreira acústica, promoção do equilíbrio psicossocial do homem (BIONDI e ALTHAUS, 2005; MASCARÓ e MASCARÓ, 2002; SOUTO, 2002) e ampla gama de funções de origem ecológica.
Em Umuarama, existe um agravante quanto no tocante à implantação de novos loteamentos na cidade, os quais nos últimos 3 anos foram mais de 80 aprovação de novos empreendimentos, não existindo um rigor depois de liberados para as novas construções e quanto a manutenção destas mesmas arvores nos novos calçamentos, que inviabilizam aquela arborização exigida pelos projetos aprovados, comprometendo o plano arbóreo desses novos bairros da cidade.
Outros problemas encontrados são as espécies muitas vezes de um único tipo de arborização o que compromete a saúde fitossanitária destas arvores ou ainda o tamanho delas sob fiação, que podadas pela concessionária responsável junto a fiação, muitas vezes sofrem descaracterização da espécie.
Também será proposta a contratação de um profissional responsável para os cortes e podas, com fiscalização e visitas in loco, para arquivamento de fotografias de cada árvore existente e cadastramento para a formatação de um banco de dados Municipal.
As árvores foram mapeadas e catalogadas conforme se nativas, exóticas ou invasoras. As exóticas são marcadas conforme se apresentam como sendo da Mata Atlântica de outras regiões fora do Estado do Paraná, se de outros Estados ou se exóticas fora da região Noroeste. As nativas serão aquelas da Mata Atlântica Semi-decidual, da região.
Haverá também uma listagem daquelas que têm o plantio proibidas por portarias do IAP ou que têm plantio inadequados, para ruas ou avenidas da nossa cidade.
O Plano de Arborização está em fase final para apresentação ao Conselho Municipal de Meio Ambiente, o qual seguirá em tramite pela Prefeitura Municipal de Umuarama, para a confecção da Lei Municipal e aprovação na Câmara de Vereadores.
Engª Felomena Sandri
Vice Presidente da ADEMA
VERDE QUE TE QUERO VERDE
Uma árvore isolada pode transpirar, em média, 400 litros de água por dia, produzindo um efeito refrescante equivalente a 5 condicionadores de ar com capacidade de 2.500 kcal cada, funcionando 20 horas por dia (ELETROPAULO,1995; Regina de Held Silva, 2009).
Em Umuarama temos 100 mil árvores, sendo com sorte, 1 árvore por habitante, transpirando 400 mil litros de água por dia, como se tivéssemos então, 5 mil condicionadores de ar ligado. É o efeito dos telhados verdes, ou seja, as copas das árvores que oferecem para a proteção em relação aos raios solares, principalmente numa cidade com altos picos de temperatura, como Umuarama.
Os benefícios gerados pelas áreas verdes urbanas podem ser considerados riquezas públicas que, em parte das situações, são intangíveis, mas enriquecedoras na vida dos cidadãos de modo geral (WOLF, 2004).
Quanto à diversidade de contribuições que emanam da presença da flora em áreas urbanizadas, pode-se citar: redução dos danos causados pelas águas de chuvas torrenciais e economia de energia 3 a 4 árvores no entorno de uma edificação podem reduzir os custos com refrigeração do ar por volta de 30 a 50% (ACT, 2006); redução da poluição atmosférica, proteção das encostas, ação sobre os microclimas urbanos, atuação como barreira acústica, promoção do equilíbrio psicossocial do homem (BIONDI e ALTHAUS, 2005; MASCARÓ e MASCARÓ, 2002; SOUTO, 2002) e ampla gama de funções de origem ecológica (SALVI, 2008; WHITFORD et al., 2001).
Quanto à diversidade de contribuições que emanam da presença da flora em áreas urbanizadas, pode-se citar: redução dos danos causados pelas águas de chuvas torrenciais e economia de energia 3 a 4 árvores no entorno de uma edificação podem reduzir os custos com refrigeração do ar por volta de 30 a 50% (ACT, 2006); redução da poluição atmosférica, proteção das encostas, ação sobre os microclimas urbanos, atuação como barreira acústica, promoção do equilíbrio psicossocial do homem (BIONDI e ALTHAUS, 2005; MASCARÓ e MASCARÓ, 2002; SOUTO, 2002) e ampla gama de funções de origem ecológica (SALVI, 2008; WHITFORD et al., 2001).
Cremos que o bom senso a respeito dos malefícios do plantio de árvores em espaços ou mesmo de espécies inadequadas, caem por terra e resultam em previlégios ,quando pensamos em deixar nosso carro numa sombra para fugir do calor de 44º, típico dos verões em Umuarama.
As vantagens de uma cidade manter uma arborização pública de qualidade são muitas segundo o pesquisador Eng. Florestal Bobrowski: “Influencia no controle da poluição atmosférica e sonora, controle do microclima e na estética da cidade e até mesmo favorecendo o aspecto psicológico dos cidadãos. “Não parece, mas uma cidade arborizada interfere diretamente no lado psicológico dos cidadãos”, cita o pesquisador de Curitiba.
Os autores Silva & Samp; Magalhães (1993) afirmam que a arborização urbana garante a integração dos espaços habitados às regiões circunvizinhas, possibilitando a continuidade da trama biológica e das características climáticas e ambientais, sendo, desta forma, evitadas as ilhas de calor, desertos biológicos e o desconforto ambiental que caracterizam as cidades sem proteção vegetal adequada.
As paisagens são resultantes dos arranjos dos elementos morfológicos sobre o ambiente. Esta organização parte das determinantes projetuais e do patrimônio arquitetônico construído sobre os traçados. Juntos permitem compreender-se o genius loci , segundo Norberg-Schulz (1980) e a identidade cultural dos lugares. Estas são as formas de materializar os “fatos urbanos”, segundo Rossi (2001), e possibilitam a expressão dos costumes, tradições e valores culturais dos grupos sociais que habitam um mesmo lugar (HELD SILVA, 2009)
Segundo Lorenzi (1998) é inquestionável a contribuição da arborização para o ambiente, como a minimização dos impactos da urbanização. Essa contribuição pode ser compreendida em três os aspectos: 1 - Nos aspectos fisiológicos: melhora o ambiente urbano através da capacidade de produzir sombra; ameniza a poluição sonora; melhorar a qualidade do ar; aumenta o teor de oxigênio e de umidade; absorve o gás carbônico; ameniza a temperatura, entre outros benefícios ambientais; 2 - Nos aspectos estéticos na paisagem urbana, pela composição entre espécies e o ambiente construído e pela integração dos elementos morfológicos urbanos para a configuração das paisagens; 3 - Nos aspectos psicológicos, pela ambientação humana ou com seu habitat, no sentido de envolvimento como lugar de proteção (abrigo).
PODAS PREDATÓRIAS - Altos índices em Umuarama
PODAS PREDATÓRIAS - Altos índices em Umuarama
As análises conjuntas da arborização de acompanhamento viário e praças permitem avaliar as contribuições da sensação de conforto pelo sombreamento das árvores, cabendo ressaltar os problemas de manejo, em especial as podas predatórias às quais estas árvores são freqüentemente expostas.
Segundo reportagem do Umuarama Ilustrado, 25 pessoas ligam para a Prefeitura, todos os dias, num total de 750 por mês, para que se façam os cortes de árvores, sendo efetivados de 4 a 5 cortes de árvores por dia. A matéria em questão, apontava o corte de 1800 árvores por ano, substituidas por 3 delas, que não produzem o efeito de "telhado verde", pois suas copas não estão formadas.
Quanto às alterações da paisagem urbana na área central de Umuarama, principalmente nas duas últimas décadas, estas são a extinção do patrimônio histórico arquitetônico pela demolição de edifícios históricos, como das casas e barracões de madeira (belos exemplares dos ciclos cafeeiro e algodoeiro) ou constituem-se reformas e ampliação sem a preservação patrimonial arquitetônica.
O mesmo descaso é reproduzido nas intervenções no ambiente construído de livre acesso ao público, pois não existem pesquisas que conduzam à compreensão dos valores histórico-culturais e das paisagens que a compõem.
Dessa forma, não existirão planos e ações eficazes que conduzam ao fortalecimento dos vínculos com os lugares no tempo e no espaço. Sem raízes culturais materializadas no conjunto arquitetônico, as identidades urbanas não se consolidam.(HELD SILVA, 2009).
CAPITAL DO PARANÁ - EXEMPLO E TELHADO VERDE.
Segundo reportagem do Umuarama Ilustrado, 25 pessoas ligam para a Prefeitura, todos os dias, num total de 750 por mês, para que se façam os cortes de árvores, sendo efetivados de 4 a 5 cortes de árvores por dia. A matéria em questão, apontava o corte de 1800 árvores por ano, substituidas por 3 delas, que não produzem o efeito de "telhado verde", pois suas copas não estão formadas.
Quanto às alterações da paisagem urbana na área central de Umuarama, principalmente nas duas últimas décadas, estas são a extinção do patrimônio histórico arquitetônico pela demolição de edifícios históricos, como das casas e barracões de madeira (belos exemplares dos ciclos cafeeiro e algodoeiro) ou constituem-se reformas e ampliação sem a preservação patrimonial arquitetônica.
O mesmo descaso é reproduzido nas intervenções no ambiente construído de livre acesso ao público, pois não existem pesquisas que conduzam à compreensão dos valores histórico-culturais e das paisagens que a compõem.
Dessa forma, não existirão planos e ações eficazes que conduzam ao fortalecimento dos vínculos com os lugares no tempo e no espaço. Sem raízes culturais materializadas no conjunto arquitetônico, as identidades urbanas não se consolidam.(HELD SILVA, 2009).
CAPITAL DO PARANÁ - EXEMPLO E TELHADO VERDE.
Os maciços florestais da Capital do Paraná, Curitiba em 2011, são exemplo para todas as outras cidades, pois foram mapeados por tecnologia de ponta em 64,5 m2 de copa por habitante, contadas a partir da medição por processamento digital de imagem de satélite, com alta resolução e comprimento de ondas infravermelho, vermelho, verede e azul. São 300 mil árvores com 113 milhões de m2 de copas.
Mapa geológico simplificado da Bacia do Paraná (mod. Paulipetro, 1981). |
MICROBACIAS URBANAS DE UMUARAMA
A intervenção do homem no meio ambiente, seja com o desmatamento ou pela impermeabilização do solo através da pavimentação de grandes áreas, tem resultado em erosão e assoreamento. A vegetação que garantia a infiltração da água no solo foi paulatinamente substituída por ruas, calçadas e quintais pavimentados e impermeáveis.
Atualmente, devido à maciça impermeabilização do solo, Umuarama enfrenta problemas ambientais, destacando-se os processos erosivos característicos do Arenito Caiuá. Estes processos estão diretamente relacionados com a natureza dos solos (permeabilidade e a capacidade de infi ltração), declividade, cobertura vegetal (que regula e controla o escoamento em superfície) e tipo de manejo (que favorece ou obstrui o escoamento). Destas intervenções as calçadas verdes possuem um papel importante, considerando-se que são parte da grande área relacionada às vias de circulação. (HULSMEYER, 2004).
Atualmente, devido à maciça impermeabilização do solo, Umuarama enfrenta problemas ambientais, destacando-se os processos erosivos característicos do Arenito Caiuá. Estes processos estão diretamente relacionados com a natureza dos solos (permeabilidade e a capacidade de infi ltração), declividade, cobertura vegetal (que regula e controla o escoamento em superfície) e tipo de manejo (que favorece ou obstrui o escoamento). Destas intervenções as calçadas verdes possuem um papel importante, considerando-se que são parte da grande área relacionada às vias de circulação. (HULSMEYER, 2004).
As microbacias urbanas de Umuarama são: Córrego Figueira, Córrego Mimosa, Córrego Canelinha, Córrego Guatambu, Córrego Prata, Ribeirão do Veado, Ribeirão Vermelho e Ribeirão Pinhalzinho (subdividido em duas microbacias: oeste e leste).(HULSMEYER, 2004).
O Córrego do Mimosa está inserido na região central da cidade e é facilmente perceptível a concentração de atividades antrópicas, ou seja, que interfere externamente a sua área, Sua microbacia ocupa uma área total de 5.059.554,25 m². Esta área verde, o Bosque dos Xetá, foi deixada desde a implantação da cidade, para receber a água drenada da região central e proteger a nascente do Córrego Mimosa, afl uente do Pinhalzinho (HULSMEYER, 2004).
A reserva florestal do Bosque dos Xetá, com 28,50 hectares, protege o ponto de saída desta bacia, segundo o Eng. Agrônomo Alexander Hulsmeyer, apresenta uma estimativa das seguintes ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO, considerando 20% de áreas permeáveis dos lotes fechados, conforme lei: Praças 74.321,8 m² com 1,46%; Canteiros centrais 61.149,3 m² com 1,21%; Parques 324.561,9 m² com 6,40%; Lotes fechados 2.742.287,1 m² com 54,20% Vias de circulação 1.857.234,15 m² com 36,70%. (HULSMEYER, 2004). Assim, 90% das águas desta microbacia, devido a impermeabilizaão, que escorre pelo leito natural do Córrego Mimosa, fica agravada pela transformação dos canteiros centrais em estacionamentos e pisos impermeáveis em substituição ao gramado.
PLANO DE ARBORIZAÇÃO - INVENTÁRIO
PLANO DE ARBORIZAÇÃO - INVENTÁRIO
É necessário que o executivo municipal proceda o inventário para avaliação da arborização de ruas, que podem possuir caráter quantitativo, qualitativo ou qualiquantitativo, pois segundo Milano e Dalcin (2000), os inventários para avaliação da arborização de ruas podem possuir caráter quantitativo, qualitativo ou qualiquantitativo. São as características apresentadas pelas cidades e os objetivos da avaliação que determinam o melhor sistema a ser adotado. Esses autores afirmaram que a simples avaliação quantitativa das áreas verdes urbanas, seja pela expressão de percentuais de cobertura vegetal, seja pela formulação de índice de área por habitante, não implica real conhecimento da situação da arborização, e destacaram a fundamental importância da realização de análises de caráter qualitativo para o conhecimento do estado da vegetação. Entre os vários benefícios desse tipo de avaliação estão a identificação de problemas, como incidência de pragas, doenças e danos provocados por atos de vandalismo, e a reunião de subsídios para intervenções e manejo dessa vegetação.
QUALIDADE DAS MICROBACIAS AMEAÇADAS
QUALIDADE DAS MICROBACIAS AMEAÇADAS
Projeções para curto prazo de tempo prevêm que a qualidade de vida das microbacias urbanas de Umuarama, deverão se agravar devido a novos loteamentos periféricos, sendo construídos a menos de 80m dos leitos dos riachos, distância considerada ideal pelo Plano Diretor da cidade de Umuarama. Devido à fragilidade na composição dos solos altamente erodíveis, resta uma perspectiva avassaladora sobre as microbacias de Umuarama, que será decisiva para o crescimento da cidade, devido à falta de planejamento na arborização, na impermeabiliação do solo e na falta de conservação dos recursos hídricos ubanos.
O paisagismo urbano sustentável é capaz de resgatar a biodiversidade ancestral e consequentemente a qualidade de vida e bem-estar dos habitantes das cidades.Respeitar esse rico passado e valorizar a nossa herança natural, aliando a beleza com a funcionalidade ecológica é conseguir o objetivo, do verde que te queremos cada vez mais verde em nossa cidade.