PROJETO FAÍCA - AGROECOLOGIA
Projeto inovador da Incubadora da UEM
transforma a agricultura urbana de Umuarama
Fonte: OBENDITO: Dona Matilde e o professor Max: parceria em prol da sustentabilidade agrícola urbana Foto: Danilo Martins |
A Incubadora de Empreendimentos Econômicos Solidários da UEM é destaque na formulação do planejamento estratégico e no plano de negócios para que a agricultura familiar adquira autonomia.
No momento o grande destaque do projeto tem sido o apoio às hortas urbanas de Umuarama a partir de um cronograma técnico que privilegia a segurança alimentar e nutricional oportunizando a geração de emprego e renda aos participantes.
SISTEMA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AGRICULTURA ORGÂNICA E AGROECOLOGIA
Sistemas de produção agrícolas sustentáveis envolvem processos ecológicos e sociais que buscam produção com menor dependência possível de produtos externos e conservação de recursos naturais, com este propósito surgem alternativas de produção como a agroecologia e a agricultura orgânica que se assemelham em alguns aspectos, porém não se equivalem.
A agroecologia é uma ciência com teoria definida, seu objetivo é respeitar condicionantes ambientais dentro da agricultura, é interpretada como campo científico, movimento social e prática agrícola (Wezel et al., 2009). Constitui-se de uma ciência em construção, com características que integra o conhecimento de diversas outras ciências e incorpora o conhecimento tradicional, validado por meio de metodologias científicas (Feiden, 2005).
Agroecologia é base para ‘horteiros’ |
O modelo de produção orgânico representa mudança tecnológica perante a agricultura convencional, já que opta por técnicas que objetiva aumentar a qualidade do produto e promover sistemas adequados na cadeia produtiva e canais de comercialização. Este tipo de produção cria um ambiente equilibrado, a fim de preservar a biodiversidade e oferecer produtos mais saudáveis, no qual as práticas utilizadas estabelecem convívio sensato entre homem e natureza.
Agroecologia e Agricultura Orgânica: Existe diferença? |
O desenvolvimento desta alternativa de produção tem ocorrido de forma economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta (Mazzoleni e Nogueira, 2006). É um nicho de mercado que cresce ano a ano, que juntamente com a agroecologia somam na média mundial 15 a 20%, enquanto o setor da indústria alimentar cresceu entre 04 e 05% como um todo (Niederle et al., 2013).
A agricultura orgânica tem sua produção baseada no emprego mínimo de insumos externos. Contudo, em consequência à contaminação ambiental já instalada em todo meio agrícola, as práticas realizadas nesta produção não podem garantir a ausência total de resíduos.
Técnicas de Produção Orgânica
O sucesso para a produção orgânica está em um solo fértil e bem estruturado, com teor adequado de húmus e água, com cobertura vegetal e boa atividade biológica. O não revolvimento do solo mantém suas características estruturais e conserva sua matéria orgânica na superfície protegendo-o. A agricultura orgânica utiliza como preparo do solo o mínimo revolvimento na linha de cultivo (Costa et al., 2009).
O uso de incorporação de adubos orgânicos, em condições e quantidades adequadas, proporciona um benefício nas características físicas do solo, tal como o aumento na microporosidade e consequentemente maior retenção de água. Os biofertilizantes são adubos bioativos resultantes da biodigestão de compostos orgânicos de origem animal e vegetal, e auxiliam na adubação, controle de pragas e doenças e também como fungicida e repelente de insetos (Medeiros e Lopes, 2006).
A humificação é uma forma de adubação onde há a transformação de açúcares polissacarídeos e proteínas em compostos húmicos amorfos, onde o grau de humificação é importantíssimo para a determinação da matéria orgânica do solo (Plaza et. al, 2005).
A compostagem é outra forma de adubação no qual é realizado o processo de transformação biológica de materiais orgânicos em fertilizantes utilizáveis na agricultura. É um sistema que acelera a decomposição da matéria orgânica. No processo, há proliferação de microrganismos, onde os sólidos biodegradáveis resultantes da matéria orgânica podem ser aplicados como adubo orgânico, sem efeitos nocivos ao meio ambiente, quando utilizado em dose adequada (Orrico et al., 2007).
O manejo adequado das plantas daninhas é fator determinante para se alcançar boa produtividade. Dentre eles destacam-se o controle biológico, que se divide em três classes, sendo a clássica com a introdução de organismos para controle de uma praga numa dada região, a natural favorecendo as populações de inimigos naturais, e o aplicado com a multiplicação em laboratório dos inimigos naturais e aplicação em campo (Maracajá, 2005).
Já a adubação verde consiste no cultivo de plantas a serem mantidas em cobertura ou incorporadas ao solo com a finalidade de preservar a fertilidade do mesmo. Plantas da família das leguminosas são as mais utilizadas devido a sua capacidade de simbiose com bactérias fixadoras de N2 atmosférico (Silva e Menezes, 2007).
A produção orgânica realiza seus processos produtivos sem o uso de agrotóxicos sintéticos, para o controle de pragas e doenças são empregados diversos métodos de controle citados pela Normativa nº007/99 do MAPA, dentre eles há fúngicos e bacteriológicos, extratos de insetos e plantas, emulsões oleosas, sabão de origem natural, pó de café, gelatina, pó de rocha, álcool etílico, enxofre simples, iodo, vermicomposto, sais de cobre, cal hidratado, calda bordaleza e homeopatia.
A contenção mecânica que ocorre por meio de capinas e favorece a integridade do solo, e a cobertura do solo onde há a deposição de material orgânico que impede a incidência de luz reduzindo a germinação das sementes indesejadas. Os diferentes métodos de controle de invasoras po.em melhorar a qualidade física, química e microbiológica do solo (Balota e Chaves, 2011).
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Ana Patricia Rossa Tessarotto 1 , Bruna Fernanda Bergamasco 2 , Eláyne Oliveira S. Alves3 , Gisele Bosso Ferri 4 , Rafaela Cristina Bergamasco 2 e Affonso Celso Gonçalves Jr 5
1 Universidade Estadual de Maringá – UEM, Curso de Zootecnia. Jardim Universitário, 5790, CEP:87020- 900, Maringá, PR. E-mail: zoopaty@hotmail.com 2 Universidade Estadual de Maringá – UEM, Curso de Engenharia Agrícola. Rodovia Pr-082, Km 45, CEP:87820-000, Cidade Gaúcha, PR. E-mail: bruhfb@hotmail.com, rafa.bergamasco@hotmail.com 3 Universidade Paranaense – UNIPAR, Curso de Ciências Biológicas. Praça Mascarenhas de Moraes, 4282, CEP: 87502-210. Umuarama, PR. E-mail: elayne.oli@hotmail.com 4 Universidade Estadual de Maringá – UEM, Curso de Medicina Veterinária, Campus de Umuarama. Estrada da Paca s/n, CEP: 87500-000, Bairro São Cristóvão, Umuarama, PR. E-mail: gi_bosso@hotmail.com 5 Pós-Doutor pela Universidade de Santiago de Compostela (USC) Espanha. Pós-Doutor pela Professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) Campus de Marechal Cândido Rondon, Centro de Ciências Agrárias, Laboratório de Química Ambiental e Instrumental - Marechal Cândido Rondon, PR – Brasil. E-mail: affonso133@hotmail.com