A petrolífera norte-americana foi condenada ao pagamento da maior indenização da história do direito do ambiente e pode ver a multa duplicar se não pedir desculpa.
O tribunal de segunda instância de Sucumbíos confirmou a sentença que obriga a petrolífera norte-americana a pagar indenizar o país por danos provocados na Amazónia, entre os anos 1964 e 1994.
A petrolífera foi condenada a pagar 9,5 mil milhões de dólares (7,31 mil milhões de euros) por danos provocados na Amazónia relativos à extracção de petróleo na região. Se a petrolífera não apresentar um pedido de desculpas, pode ficar obrigada ao pagamento de 18 mil milhões de dólares.
A sentença confirmou a pena já pronunciada em Fevereiro que condenava a petrolífera a pagar oito mil milhões de dólares e que foi objecto de um pedido de recurso, tanto por parte dos queixosos como da Chevron. Esta é a maior multa da história do direito do ambiente e ultrapassa a multa a que foi condenada a Exxon Mobile, por ter provocado uma maré negra no Alaska em 1989.
A petrolífera diz que a decisão do tribunal é “ilegítima” e que reflecte a “politização e corrupção do sistema judicial do Equador, que toldou este caso fraudulento desde o início”, segundo o comunicado citado pelo “Público” .
Un video animado patrocinado por la organización ambientalista Amazon Watcht explica de manera didáctica el impacto de los desechos tóxicos dejados por la empresa Chevron en Ecuador. << 'Ecuador: Video animado sobre la energía tóxica de Chevron'>> |
A Chevron herdou esta responsabilidade depois de ter adquirido a petrolífera Texaco, que foi a directamente visada pelas acusações e afirma ter firmado um acordo com as autoridades que a isentava de todas as responsabilidades, segundo a Euronews.
Os títulos da petrolífera valorizam 0,46% para 84,708 euros, ao serem negociados na bolsa da Alemanha antes da abertura dos mercados norte-americanos.
A Texaco, empresa comprada pela Chevron em 2001, é acusada de despejar resíduos de perfuração de petróleo em poços desprotegidos, poluindo a floresta amazônica e provocando doenças e mortes entre povos indígenas.
"Nós ratificamos a decisão de 14 de fevereiro de 2011 em todas as suas partes, incluindo a sentença de reparação moral", afirmou a decisão emitida na terça obtida pela Reuters.
Reuters