domingo, 28 de agosto de 2011

SANEAMENTO NO BRASIL


Indicadores de 2009 revelam melhorias em águas, esgotos e coleta de lixo


O Ministério das Cidades acaba de lançar a 15ª edição do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos e a 8ª edição do Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos, ambos referentes ao ano de 2009. Os documentos são baseados nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). As informações do SNIS são fornecidas por prestadores de serviços e abrangem aspectos operacionais, administrativos, econômico-financeiros, contábeis e qualidade dos serviços envolvendo serviços de água, esgoto e manejo de resíduos sólidos,

Água e EsgotosA referência para o diagnóstico
 foi o abastecimento de água em 4.891 municípios e esgotamento sanitário em 2.409 municípios, que correspondem a 97,2% e 81,5%, respectivamente, da população urbana do país.



De acordo com o documento, ocorreram importantes crescimentos nas redes entre 2008 e 2009. Em relação à água, o incremento foi de 1,6 milhões de ligações, 16,6 mil km de redes em todo país e o aumento de 215 milhões de m3 na produção. Já em relação aos sistemas de esgotamento sanitário, houve acréscimo de 1,1 milhão de ligações. O volume de esgoto tratado cresceu para 237 milhões de m3.

Um panorama dos investimentos em cada estado dos serviços de água e esgoto no ano de 2009 mostra um elevado acréscimo, totalizando R$ 7,8 bilhões, superando em R$ 2,2 bilhões o montante do ano anterior.












O documento também apresenta números de geração de emprego e renda no país, além de mostrar uma evolução da eficiência geral do setor. Considerando que a atividade de prestação de serviços de água e esgotos gera também empregos na indústria de materiais e equipamentos, na execução de obras, na prestação de outros serviços de engenharia e nas áreas de projetos e consultoria, a quantidade de trabalhadores envolvidos na elaboração do SNIS 2009 é de 607,5 mil empregados.
Resíduos Sólidos Urbanos.

Este ano, segundo o Ministério, 1964 municípios participaram do diagnóstico, cerca de 35,3% do total do país, onde vivem 120 milhões de pessoas. Admitindo uma freqüência mínima de coleta uma vez por semana, o diagnóstico revela uma cobertura do serviço regular de coleta domiciliar igual a 93,4%. A destinação final totalizou o montante de 24,9 milhões de toneladas de resíduos domiciliares e públicos. Destes, 16,2 milhões de toneladas (65%) foram para aterros sanitários, 5,9 milhões de toneladas (23,7%) para aterros controlados, 1,0 milhão de toneladas (4,2%) para unidades de triagem e de compostagem, e 1,8 milhões de toneladas (7,1%) para os lixões.
Os resíduos sólidos produzidos pela população resultaram em uma massa coletada per capita de 0,81 kg/hab/dia na região Sul até 1,47 na Centro-Oeste, com uma média para o país de 0,96 kg/hab/dia. Extrapolando-se os dados do Snis 2009 para todo o país, a análise resulta em uma estimativa de 145 mil toneladas de resíduos domiciliares e públicos coletados diariamente, ou 53 milhões de toneladas/ano.
 


Dados da PNSB 2008 mostram que a maioria dos sistemas de tratamento de água no Brasil é do tipo convencional, conforme pode ser visto na Figura 
Dentre as 13.209 entidades responsáveis pelos serviços de abastecimento de água, nos distritos brasileiros, em 2008, 5.287 (40% dos declarantes), apontaram a existência de tratamento convencional. Em termos de volume declarado de água distribuída, 65% é processado em tratamento convencional, contra 7% em tratamento não convencional, e 22% passa apenas por simples desinfecção.


 Ressalta-se ainda, que a grande parcela de entidades que não prestam qualquer tipo de declaração acerca do tipo de tratamento de água empregado nos sistemas, indicando a precariedade nesses sistemas. Esta realidade reforça a necessidade de criarmecanismos que viabilizem a redução do lodo gerado no tratamento de água, visto ser bastante significativa a presença do tratamento convencional no País.